Baseado (não muito, é verdade) no livro de Lewis Carrol, o filme aposta no formato que consagrou “Avatar” como um grande fenômeno de bilheteria, mas com uma fórmula diferente de composição, realizada em dois longos módulos: primeiro, uma filmagem em 2D nos sets vazios com os atores, e depois, um processo minucioso de acabamentos e cenários em 3D.
Para muitos críticos - dentre eles James Cameron -, o procedimento para atingir os ambientes tridimensionais por meio dessas duas etapas não tira o máximo proveito dos recursos possíveis da tecnologia, no entanto, Burton já declarou, em março, que seu único objetivo é “adicionar uma camada extra de sensações” e não renovar os cenários cinematográficos, como fez o criador do universo de Pandora e N’avi.
Em coletiva durante o nascimento de seu filme, o diretor chegou até a dizer que, embora seja a nova onda, o 3D não salvará o cinema e que ele não faz parte do grupo que acredita que “basta ser tridimensional para ser bom”.
Se existe uma semelhança irrefutável entre “Avatar” e “Alice”, esta deve ser a batalha contra a pirataria das produtoras responsáveis pelo mundo, visto que, no Brasil, camelôs do centro da cidade de São Paulo e da região próxima à Avenida Paulista já comercializavam versões do longa-metragem custando menos de quinze reais.
Por sites de torrents e compartilhamento, a incidência é ainda maior: desde o começo de abril, de acordo com o blog Torrent Freak, o filme é o segundo mais baixado por toda a rede, perdendo apenas para “A Ilha do Medo”.
Já vias legais, as salas que exibirão “Alice no País das Maravilhas” 3D em Imax no circuito paulistano possuem longas filas de espera, com previsão de ingressos disponíveis para daqui duas semanas ou mais.
Em sua estreia internacional, o filme de Tim Burton arrecadou mais de 116 milhões de dólares de bilheteria, superior ao primeiro fim de semana em que “Avatar” pintou nas telas dos cinemas americanos.
Agradeço a johnnydepp.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário