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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Johnny na Paris Match


A última edição da revista francesa Paris Match, publicou um artigo sobre Johnny que esteve divulgando o seu novo filme, “The Rum Diary”. A entrevista foi feita em Los Angeles, no Hotel Four Seasons e fala sobre sua vida, sua arte, seus amigos e família.
Em seus filmes ele interpretou muitas vezes, personagens poéticos e  peculiares, mas em sua vida é um tranquilo pai de famí­lia.
Catherine Schwaab – Paris Match
Na sala (do Hotel Four seasons), a janela aberta sobre o azul hollywoodiano, Johnny é irresistivelmente gótico-rock: o velho panamá distorcido e cheio de buracos – “Um Fedora Vintage” – pequenos óculos cinzas à la Beckett, camiseta cinza, botas empoeiradas, múltiplas correntes e cruz sobre o peito sem pelos.  Nos braços, as tatuagens fazem uma maquiagem estudada. Ele acabou de adicionar um quadrado de listras escuras, supostamente para representar o I Ching (os princípios do pensamento chinês baseado em sistemas de oposição, complementares, yin e yang).  Bem acertado: Depp é tudo e seu oposto, solar-lunar, masculino-feminino, jovem e senhor … Apesar do seu rosto aveludado, seus traços delicados, sua maçã do rosto saliente, herança Cherokee, os seus cabelos longos, sem um fio branco(ele tem 48 anos !), ele exala uma grande masculinidade. Há, nos olhos desse homem, devaneio e carinho … Ele tira um velho cigarro, de tabaco, marrom que ele mesmo enrolou. ”O filme me fez mergulhar …” Suspiro, sorriso, …
Paris Match: Quando você saía com Hunter Thompson (quem ele interpreta em “The Rum Diary”), você bebia tanto quanto ele  e usava também de drogas?
Johnny Depp: Eu já tinha acabado com as drogas no momento em que o conheci. No entanto, todos nós bebíamos, sim! As drogas foram por vezes, experiências místicas? Iniciação? Experimentei alucinógenos na minha juventude, porque eu li “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley (romance de ficção científica em que a felicidade está relacionada ao uso de uma droga), eu conheci muito bem Timothy Leary (o papa do LSD, morreu em 1996 na Califórnia), eu o vi muitas vezes.  Ele sabia como usar essas substâncias, falar sobre … fiz um tour com ele…. Mas, francamente, meu cérebro não é muito receptivo a alucinações. Minha mente é muito … estranha!
Paris Match: Você atua, você escreve, você pinta … Em que área você se expressa melhor?
Johnny Depp: No meu diário, sem dúvida. Mas, eu também adquiri um trabalho frente a uma câmera. Chega um momento, como ator, que se consegue se liberar mais através dos olhos dos outros.
Paris Match: Como ator somente?
Johnny Depp: Sim! Eu sou muito mais, eu mesmo, na frente das câmeras do que por trás! Na minha vida social, de um modo geral, eu sou um desastre! Eu me enrolo … Na frente das câmeras, pelo contrário, eu posso me expressar.
Paris Match: Você parece ser dez anos mais jovem do que sua idade … Você não parece muito caído para interpretar um herói como Hunter Thompson …
Johnny Depp: Ah, mas acho que se você pensar bem, Hunter era muito bonito! Quando ele lançou “Medo e Delírio em Las Vegas”, ele era magnífico. Depois, ele perdeu seus cabelos … Eu, ainda não! (Ele tira o chapéu para me mostrar: Nada a dizer, ele poderia ser um modelo da L’Oreal).
Paris Match: Nós conhecemos primeiro um jovem que 25 anos depois se tornou um homem de família respeitável, não é?
Johnny Depp: Absolutamente! (ele ri) É uma banalidade dizer que as crianças vão nos mudar. Mas, aconteceu.
Paris Match: Eles têm copiado suas tatuagens, ou você os proíbe?
Johnny Depp: Sinceramente, eu preferiria que eles não se tatuassem … A tatuagem é um compromisso. Eu tinha 17 anos quando decidi fazer do meu corpo, um diário. Foi uma decisão importante. Mas, pode se tornar constrangedor. Felizmente, eu não me arrependo nem um pouco.
“Marlon Brando, de quem eu era muito próximo, conversa comigo todos os dias.”
Paris Match: Aos 17 anos, como era você?
Johnny Depp: O mesmo de hoje … No entanto, em 31 anos, passei por muitas experiências …
Paris Match: Você era mais místico?
Johnny Depp: Sim, exatamente. E até trinta anos, eu estava cheio de dúvidas. Muitas coisas não eram claras sobre o que eu queria, sobre quem eu era. Hoje, eu sei o que é importante. Isso veio com a minha primeira filha.
Paris Match: O seu filho se parece com você!
Johnny Depp: Sim, ele se parece comigo. E minha filha é um retrato de sua mãe, além disso, tem a mesma voz, ela canta muito bem. Lily-Rose tem 12 anos, ela não vai querer ficar muito mais tempo na sua pequena aldeia de Plan-de-la-Tour, ela deve preferir Paris …
Sim! Isso é uma certeza … (suspiro).
Paris Match: Você afirma que, em sua propriedade em Provence, você é capaz de não fazer nada por meses. É difícil de acreditar em você!
Johnny Depp: É verdade! Eu fico contemplando. Eu posso ficar dois ou três meses assistindo minhas flores crescerem, ficar refletindo. Nesses últimos meses, eu fiquei na minha casa sem sair, fiquei em família. Eu nunca fiquei entediado. Eu tenho sempre o meu cérebro ocupado e eu trato o meu jardim, eu monitoro meus tomates.
Paris Match: E você pinta … Vimos pinturas de Rimbaud e de Vanessa incrivelmente realistas. Você não quer expor?
Johnny Depp: Nnnnão … (Ele hesita). Não nesse momento. Quem poderia querer ver meus quadros?
Paris Match: Ninguém, é claro!
Johnny Depp: (ele ri) Bem, não agora, talvez um dia.
Paris Match: Como foi que você decidiu colocar as suas malas nessa aldeia?
Johnny Depp: Foi o meu sogro que a descobriu, caminhando pelo Le Var (região da Provence), onde ele mora. Eu estava procurando uma casa para me estabelecer lá, há muito tempo, eu tinha visitado umas 20 com ele. Um dia ele me chamou: “Talvez eu tenha encontrado algo interessante, podemos ver nesse fim de semana” fui junto com ele, e ele estava certo, eu me apaixonei pela casa. Particularmente, por ter uma adega abobadada, magnífica.
Paris Match: Para manter os seus futuros grands crus(tipo de vinho) “Château Johnny Depp”, como Coppola?
Johnny Depp: Sim. Desenvolver o meu próprio vinho, faz parte dos meus desejos.

Paris Match: Você afirma com uma certeza de que você é “finalmente livre quando chega na França”, por que?
Johnny Depp: Porque, pela primeira vez, me senti como um anônimo. Eu poderia viver simplesmente. Era impossível em Los Angeles onde eu morava. Eu era constantemente vigiado, observado, criticado. Eu confesso que por toda minha vida eu tive uma atração pela França.
Paris Match: Você diz ainda ser inspirado por seus modelos, pessoas importantes que estão ausentes …
Johnny Depp: Sim, eu os guardo no meu coração. Meu avô, que foi essencial na minha vida, continua presente comigo, eu o ouço sempre dirigindo seu carro lá em cima. E Marlon (Brando), de quem eu era muito próximo, ele fala comigo todos os dias. O mesmo com o meu amigo Hunter Thompson …
(Paris Match): A responsável pela entrevista aparece no meio da frase. Inútil tentar continuar, nós ultrapassamos o limite de tempo. “Nos vemos em Paris”, diz Johnny.

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