
Darel Valença Lins. Pernambucano de 86 anos, no Rio desde 1945, o pintor, gravador e desenhista celebra com generosidade seis décadas de carreira na mostra De Corpo Inteiro. Em cartaz na Caixa Cultural, o alentado acervo de 127 obras demonstra o domínio do artista sobre variadas técnicas. Grande parte das criações é chamada de Sem Título, mas o complemento do nome de cada uma entre parênteses serve para diferenciá-las. Entre belíssimas pinturas, há os óleos Céu Vermelho e Cidade Negra e as vistosas aquarelas Paisagem Azul e Noite. Em diversos estilos, as gravuras expostas vão de Variações sobre o Mesmo Tema, painel contemporâneo de dez provas litográficas de cor, à composição clássica O Dia da Morte de Goeldi. Nos trabalhos em técnica mista sobressaem as séries Max Ernst e Manequins da Gávea. Um deles chama atenção por uma curiosidade: traz uma figura idêntica ao ator Johnny Depp no longa Edward Mãos de Tesoura, de Tim Burton, mas foi feito em 1960, trinta anos antes de o filme ser rodado e três anos antes de o ator americano vir ao mundo.
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